sábado, 27 de março de 2010

Borboleta





Se eu largar eu sinto a sua falta

Se eu agarro ela perde a cor

Ela não é dos meus dedos

É dos meus medos

E faço-me passar por uma flor

Tento imaginar o que ela diz

À espera de aprender

À face da rua existe a lua

Mas não é tua

À margem da estrada não há nada

Mas já te agrada

Agora pára de fazer sentido

Não vês que assim estás a pisar fora da estrada

Vê se agora páras de fazer sentido de uma vez

Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada





"Borboleta" de Manel Cruz




3 comentários:

  1. tenho sentido um bocado assim.
    Boa escolha. ;)

    Beijinhos...
    ( Tudo de bom )

    Bruno Grilo

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  2. Olá piolha!

    Bem vinda :p LOL

    Pois, era bom que assim fosse....Bastava pedir e as coisas deixavam de fazer sentido!
    Facilitava muita coisa!

    Beijinho minha querida!*

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  3. Bom, a "menina e moça" mistério desvenda-se! Sim, refiro-me a ti...
    Obrigada pelas palavras de coragem que me dirigiste, querida Carina.
    Estas minhas angústias são momentâneas. Assim têm sido. A certa altura deixam de fazer sentido, precisamente no momento em que eu encontro o sentido das coisas. Também és um ser muito doce.
    bjs
    CF

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